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BULLYING: SUA ORIGEM E EVOLUÇÃO

A sociedade humana desde os primórdios tem convivido com os mais diversos tipos de violência, vez que em todos os grupamentos humanos a mesma estava presente. A maioria dos fatos registrados pela História narram episódios de sangrentas batalhas, como resultados de lutas pela sobrevivência, pela expansão territorial ou apenas por vaidade e sede de poder dos reis ou governantes.

Na evolução do mundo ocidental, cujas culturas estão sustentadas no pilar que se convencionou chamar de cultura greco-romana, essa tendência de se desejar e buscar o prestígio pelo uso da força está bastante presente e bem assentado.

bbAssim, voltando-se o olhar para a civilização grega, fonte de muitos dos institutos e anseios do homem ocidental, deparar-se-á com uma espécie de luta entre o desenvolvimento cultural – representado principalmente pela cidade-estado de Atenas – e o desenvolvimento das habilidades bélicas – tendo a frente, inquestionavelmente, a cidade-estado Esparta.

No lado romano, seu bem treinado e organizado exército, foi capaz de empreender uma das mais notáveis expansões territoriais já vista e, principalmente, manter a área conquistada com desenvolvimento cultural e comercial, mesmo com tanta corrupção e traições ocorrendo no centro político e cultural do império, por mais de um milênio.

Nesse contexto, para conservar e disseminar o desenvolvimento cultural, logo no início, os núcleos populacionais criaram a escola – instituição destinada a de modo formal, preparar crianças e jovens para a realização das atividades exigidas pela sociedade.

Todavia, as diversas formas de violência observadas em todos os demais grupos sociais – família, vizinhança, aldeia, tribo, comunidade e até na nação – entrou na instituição de ensino (escola) que foi fomentada para disseminar o convívio pacífico entre seus pares, proporcionando um ambiente adequado para a aprendizagem e “formatação” do “bom cidadão”.

Com o passar dos anos, em todas as escolas e em todo o mundo, a violência ganhou força e porque não dizer: chegou a extremos, assustando a todos – sociedade, instituições e governantes. Essa guinada espantosa tornou o tema violência na escola uma questão mundial, por trazer sérias consequências para toda a sociedade e para o futuro do homem.

Nessa perspectiva, pode-se dizer que o bullying, termo inglês escolhido para expressar essa questão antiga da violência, que durante muitos anos não preocupou a sociedade, porém no início da década de 1970 assustou o mundo, que passou a ver com grande preocupação os problemas entre agressores e vítimas nas escolas.

A perspicácia e sagacidade de Cléo Fante e José Augusto Pedra (2008) levou-os a relatar o fato da seguinte forma:

Os estudos tiveram início na década de 1970 na Suécia e na Dinamarca. Na década de 1980, a Noruega desenvolveu grande pesquisa sobre o tema, expandindo os estudos para inúmeros países europeus. Como reflexo desses estudos, o tema chegou ao Brasil no fim dos anos de 1990 e início de 2000. (FANTE e PEDRA, 2008, pág. 36).

Chalita (2008) em uma obra que ganhou a preferência de muitos especialistas no caso e de educadores, destacou:

[…] mesmo sendo tão antigo e já tendo sido objeto de preocupação e investigação por ter comprometido a vida de estudantes, no passado, nada se sabe concretamente sobre o bullying antes da década de 1970. Foi somente com pesquisas realizadas em 1972 e 1973, na Escandinávia, que as famílias perceberam a seriedade dos problemas decorrentes da violência escolar. (CHALITA, 2008, pág. 100).

No que se refere ao termo bullying, utilizado para exprimir essa nova forma de violência que ocorre em especial na comunidade escolar, pode-se destacar que o dicionário Oxford (2010) informa ser o mesmo originário da palavra inglesa bully, classificada como verbo ou como substantivo. Como verbo significa “intimidar”, “brigar”, “maltratar”, “ameaçar”. Já como substantivo, traz em sua vertente os significados de “agressor”, “valentão”, “bruto”, “tirano”, “insolente”. Daí a utilização do seu derivado Bullying para exprimir o comportamento agressivo de uma pessoa.

Cleo Fante (2005), educadora e grande pesquisadora sobre bullying, ensina que o termo bullying foi adotado em diversos países, inclusive no Brasil, pela sua facilidade de definir com certa precisão a vontade consciente e deliberada que uma pessoa ou grupo de pessoas possui de maltratar, humilhar e intimidar outrem, deixando-o sob tensão.

Utilizando-se os ensinos de Cleo Fante (2005), entende-se ser o termo utilizado para descrever todo tipo de ação comportamental que seja agressivo, cruel e repetitivo, praticado intencionalmente com o intuito de machucar, magoar ou causar mal-estar em um indivíduo ou grupo de indivíduos, no contexto das relações interpessoais.

Nessa mesma linha de pensamento, mas aprofundando nas características do fenômeno, Beatriz Ana Barbosa Silva, informa que,

A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de meninas. (SILVA, 2010, pág. 21).

Trilhando essa mesma linha de raciocínio A.A. Lopes Neto, afirma que a definição do vocábulo inglês, por ser muito ampla, não encontrando similar em outras línguas, terminou por trazer certa dificuldade na exata compreensão do fenômeno bullying. Em suas próprias palavras,

A adoção do termo bullying foi decorrente da dificuldade em traduzi-lo para diversas línguas. Durante a realização da Conferência Internacional Online School Bullying and Violence, de maio a junho de 2005, ficou caracterizado que o amplo conceito dado à palavra bullying dificulta a identificação de um termo nativo correspondente em países como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Brasil, entre outros. (LOPES NETO, 2005, pág. 165).

A problemática envolvendo o bullying no Brasil começou a tomar corpo a partir dos anos noventa, conforme bem informa o Relatório de Pesquisa “Bullying escolar no Brasil”, seguindo a linha de pesquisas levadas a efeito por Cléo Fante, nos seguintes termos:

É também na década de 1990 que um novo conceito passa a ser considerado no campo de estudos sobre a violência entre pares: o bullying. Para fins deste estudo, o bullying é definido como atitudes agressivas de todas as formas, praticadas intencional e repetidamente, que ocorrem sem motivação evidente, são adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e são executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. (PLAN BRASIL, 2010, pág. 4).

Da mesma forma, no que diz respeito à utilização exata da noção do termo bullying, aqui no Brasil ainda é muito confuso e desconhecido pela maioria da população, segundo o relatório citado no parágrafo anterior, pois,

A utilização do conceito apresenta algumas fragilidades. O próprio termo bullying causa estranhamento nos ambientes acadêmico e escolar, por se tratar de uma importação pouco adaptada às questões próprias da violência no ambiente escolar brasileiro. Como resultado, o bullying ainda não se encontra diferenciado no fenômeno geral de violência entre pares, e os critérios que tecnicamente o destacam, que se referem à repetição do ato à falta de motivação evidente, são de difícil aferição objetiva. Nesse sentido, sua operacionalização conceitual exigiria uma consistência ainda não atingida. Por essa razão, o termo, que não tem correlato em português, é utilizado muitas vezes de modo equivocado, referindo-se a episódios de conflitos interpessoais entre estudantes, os quais não se caracterizam pelos critérios indicados. (PLAN BRASIL, 2010, pág. 5).

Assim colocado, cumpre alertar para o fato de que o termo bullying, que não apresenta um vocábulo correlato em língua portuguesa e, conforme já salientado, sem tradução, ainda é bastante usado de forma equivocada pelos meios midiáticos e até mesmo acadêmicos brasileiros. Isso levou, na presente pesquisa, a se abordar a correta conceituação do bullying e suas marcas características no próximo capítulo, como forma de trazer uma pequena luz aos estudos desse fenômeno tão complexo e importante.

A sociedade humana desde os primórdios tem convivido com os mais diversos tipos de violência, vez que em todos os grupamentos humanos a mesma estava presente. A maioria dos fatos registrados pela História narram episódios de sangrentas batalhas, como resultados de lutas pela sobrevivência, pela expansão territorial ou apenas por vaidade e sede de poder dos reis ou governantes.

Na evolução do mundo ocidental, cujas culturas estão sustentadas no pilar que se convencionou chamar de cultura greco-romana, essa tendência de se desejar e buscar o prestígio pelo uso da força está bastante presente e bem assentado.

bbAssim, voltando-se o olhar para a civilização grega, fonte de muitos dos institutos e anseios do homem ocidental, deparar-se-á com uma espécie de luta entre o desenvolvimento cultural – representado principalmente pela cidade-estado de Atenas – e o desenvolvimento das habilidades bélicas – tendo a frente, inquestionavelmente, a cidade-estado Esparta.

No lado romano, seu bem treinado e organizado exército, foi capaz de empreender uma das mais notáveis expansões territoriais já vista e, principalmente, manter a área conquistada com desenvolvimento cultural e comercial, mesmo com tanta corrupção e traições ocorrendo no centro político e cultural do império, por mais de um milênio.

Nesse contexto, para conservar e disseminar o desenvolvimento cultural, logo no início, os núcleos populacionais criaram a escola – instituição destinada a de modo formal, preparar crianças e jovens para a realização das atividades exigidas pela sociedade.

Todavia, as diversas formas de violência observadas em todos os demais grupos sociais – família, vizinhança, aldeia, tribo, comunidade e até na nação – entrou na instituição de ensino (escola) que foi fomentada para disseminar o convívio pacífico entre seus pares, proporcionando um ambiente adequado para a aprendizagem e “formatação” do “bom cidadão”.

Com o passar dos anos, em todas as escolas e em todo o mundo, a violência ganhou força e porque não dizer: chegou a extremos, assustando a todos – sociedade, instituições e governantes. Essa guinada espantosa tornou o tema violência na escola uma questão mundial, por trazer sérias consequências para toda a sociedade e para o futuro do homem.

Nessa perspectiva, pode-se dizer que o bullying, termo inglês escolhido para expressar essa questão antiga da violência, que durante muitos anos não preocupou a sociedade, porém no início da década de 1970 assustou o mundo, que passou a ver com grande preocupação os problemas entre agressores e vítimas nas escolas.

A perspicácia e sagacidade de Cléo Fante e José Augusto Pedra (2008) levou-os a relatar o fato da seguinte forma:

Os estudos tiveram início na década de 1970 na Suécia e na Dinamarca. Na década de 1980, a Noruega desenvolveu grande pesquisa sobre o tema, expandindo os estudos para inúmeros países europeus. Como reflexo desses estudos, o tema chegou ao Brasil no fim dos anos de 1990 e início de 2000. (FANTE e PEDRA, 2008, pág. 36).

Chalita (2008) em uma obra que ganhou a preferência de muitos especialistas no caso e de educadores, destacou:

[…] mesmo sendo tão antigo e já tendo sido objeto de preocupação e investigação por ter comprometido a vida de estudantes, no passado, nada se sabe concretamente sobre o bullying antes da década de 1970. Foi somente com pesquisas realizadas em 1972 e 1973, na Escandinávia, que as famílias perceberam a seriedade dos problemas decorrentes da violência escolar. (CHALITA, 2008, pág. 100).

No que se refere ao termo bullying, utilizado para exprimir essa nova forma de violência que ocorre em especial na comunidade escolar, pode-se destacar que o dicionário Oxford (2010) informa ser o mesmo originário da palavra inglesa bully, classificada como verbo ou como substantivo. Como verbo significa “intimidar”, “brigar”, “maltratar”, “ameaçar”. Já como substantivo, traz em sua vertente os significados de “agressor”, “valentão”, “bruto”, “tirano”, “insolente”. Daí a utilização do seu derivado Bullying para exprimir o comportamento agressivo de uma pessoa.

Cleo Fante (2005), educadora e grande pesquisadora sobre bullying, ensina que o termo bullying foi adotado em diversos países, inclusive no Brasil, pela sua facilidade de definir com certa precisão a vontade consciente e deliberada que uma pessoa ou grupo de pessoas possui de maltratar, humilhar e intimidar outrem, deixando-o sob tensão.

Utilizando-se os ensinos de Cleo Fante (2005), entende-se ser o termo utilizado para descrever todo tipo de ação comportamental que seja agressivo, cruel e repetitivo, praticado intencionalmente com o intuito de machucar, magoar ou causar mal-estar em um indivíduo ou grupo de indivíduos, no contexto das relações interpessoais.

Nessa mesma linha de pensamento, mas aprofundando nas características do fenômeno, Beatriz Ana Barbosa Silva, informa que,

A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público. De origem inglesa e sem tradução ainda no Brasil, é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de meninas. (SILVA, 2010, pág. 21).

Trilhando essa mesma linha de raciocínio A.A. Lopes Neto, afirma que a definição do vocábulo inglês, por ser muito ampla, não encontrando similar em outras línguas, terminou por trazer certa dificuldade na exata compreensão do fenômeno bullying. Em suas próprias palavras,

A adoção do termo bullying foi decorrente da dificuldade em traduzi-lo para diversas línguas. Durante a realização da Conferência Internacional Online School Bullying and Violence, de maio a junho de 2005, ficou caracterizado que o amplo conceito dado à palavra bullying dificulta a identificação de um termo nativo correspondente em países como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Brasil, entre outros. (LOPES NETO, 2005, pág. 165).

A problemática envolvendo o bullying no Brasil começou a tomar corpo a partir dos anos noventa, conforme bem informa o Relatório de Pesquisa “Bullying escolar no Brasil”, seguindo a linha de pesquisas levadas a efeito por Cléo Fante, nos seguintes termos:

É também na década de 1990 que um novo conceito passa a ser considerado no campo de estudos sobre a violência entre pares: o bullying. Para fins deste estudo, o bullying é definido como atitudes agressivas de todas as formas, praticadas intencional e repetidamente, que ocorrem sem motivação evidente, são adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e são executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. (PLAN BRASIL, 2010, pág. 4).

Da mesma forma, no que diz respeito à utilização exata da noção do termo bullying, aqui no Brasil ainda é muito confuso e desconhecido pela maioria da população, segundo o relatório citado no parágrafo anterior, pois,

A utilização do conceito apresenta algumas fragilidades. O próprio termo bullying causa estranhamento nos ambientes acadêmico e escolar, por se tratar de uma importação pouco adaptada às questões próprias da violência no ambiente escolar brasileiro. Como resultado, o bullying ainda não se encontra diferenciado no fenômeno geral de violência entre pares, e os critérios que tecnicamente o destacam, que se referem à repetição do ato à falta de motivação evidente, são de difícil aferição objetiva. Nesse sentido, sua operacionalização conceitual exigiria uma consistência ainda não atingida. Por essa razão, o termo, que não tem correlato em português, é utilizado muitas vezes de modo equivocado, referindo-se a episódios de conflitos interpessoais entre estudantes, os quais não se caracterizam pelos critérios indicados. (PLAN BRASIL, 2010, pág. 5).

Assim colocado, cumpre alertar para o fato de que o termo bullying, que não apresenta um vocábulo correlato em língua portuguesa e, conforme já salientado, sem tradução, ainda é bastante usado de forma equivocada pelos meios midiáticos e até mesmo acadêmicos brasileiros. Isso levou, na presente pesquisa, a se abordar a correta conceituação do bullying e suas marcas características no próximo capítulo, como forma de trazer uma pequena luz aos estudos desse fenômeno tão complexo e importante.

Moura Sîlva
Moura Sîlva

Professor, advogado, coach e terapeuta holístico sempre buscou atuar junto aos mais desprovidos de recursos. Seu trabalho aqui é focado principalmente em ajudar pessoas a mudarem de vida, alvancando sua vida pessoal, social e profissional. Atua no mercado de coaching, inteligência emocional, terapias, preparação para concursos público com cursos, consultorias e mentorias. Após a pandemia, passou também a ajudar terapeutas, coaches, advogados e pequenos empreendedores a montar sua presença digital.

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